A first-rate adventure for fans of masked heroes and westerns

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Although considered a pop culture icon in the United States, the Lone Ranger is not a particularly well-known hero to newer generations. Created in 1933 for one of the most popular media of the time—radio—, the character is a masked vigilante of the Old West who battles criminals alongside his Native American friend, Tonto. Over the years, the Lone Ranger has starred in movie serials, pulp magazines, novels, animated cartoons, feature films, newspaper strips, and of course, numerous comic book series.

One of the most recent comic book series was launched by the independent publisher Dynamite Entertainment in 2006 as a six-issue miniseries written by Brett Matthews, who came from the television industry, and illustrated by Brazilian artist Sergio Cariello. Its success led it to immediately become a regular monthly series. And no wonder—it’s an exceptional piece of work.

Matthews, who worked as a production assistant on Buffy the Vampire Slayer and as a screenwriter on Firefly before also turning to comics, maintains the core origin and backstory of the character but adds modern tensions that likely would have been unthinkable when the Lone Ranger was first created. Young John Reid, a Texas Ranger (a lawman in official government service), is the sole survivor of a treacherous ambush by criminals, in which his father and brother are killed, among others. Believed dead by the careless criminals, Reid is found by a cast-out Native American who cares for him and ultimately saves his life despite serious injuries. Once recovered, Reid decides to hide his identity behind a mask so his actions won’t put his brother’s family in danger.

What follows is a whirlwind of action, gunfights, horseback chases, and some of the most wicked (even psychotic) villains to appear in comics in years—all told with above-average storytelling. If the action scenes are generally thrilling, the character development is just as compelling. The relationship between the hero and Tonto, who has his own dramatic past, is marked by tension and at times an uneasy friendship. Reid’s concern for his sister-in-law and nephew humanizes the hero in a unique way, making him more than just a vengeful vigilante. The depiction of the inhuman main villain presents him as a complex figure—and therefore even more terrifying. This version of the Lone Ranger also seems influenced by Batman, complete with a secret cave from which he retrieves his silver bullets—used to wound, never kill—and a partnership with an old sheriff who calls on him when needed. Along the way, the heroes face challenges such as a cunning serial killer, a possibly innocent man accused of murder, a government agent who may be ally or enemy, and a relentless hired henchman. These are elements that, almost certainly, wouldn’t have appeared in the older versions of the duo’s stories in any of the media they passed through.

While the late John Cassaday’s covers for the individual issues—presented here as chapter breaks—are nearly all gallery-worthy (or could be movie posters), special praise is also due to veteran artist Sergio Cariello’s work across all 26 stories collected in this 2013 omnibus. A seasoned illustrator who has worked for both DC and Marvel, Cariello demonstrates something many modern comic artists lack: an outstanding mastery of visual storytelling. Even on pages without dialogue or captions, the reader is never left confused—his art is clear and direct. The action scenes are always dynamic and impactful, often with a nearly cinematic sense of motion. His art, together with the colors by Dean White and Marcelo Pinto, makes each page a delight—almost a painting worthy of framing.

With one foot in tradition and the other in modernity, full of action, emotion, and surprises along the way (one scene involving Tonto in particular is jaw-dropping), this Lone Ranger is already a classic—a comic book series that balances its elements with skill and talent. It would make a great movie, a great TV series… but fortunately for fans of sequential art, it’s one hell of a comic.

The Lone Ranger Omnibus: Volume 1 (2013, Dynamite Entertainment)
By Brett Matthews, Sergio Cariello and John Cassaday
632 pages

Rating: 9 nerds (out of 10) 😎😎😎😎😎😎😎😎😎

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THE LONE RANGER OMNIBUS: VOLUME 1 (Review)
Uma aventura de primeira para fãs de heróis mascarados e faroestes

Apesar de ser considerado um ícone da cultura popular nos Estados Unidos, o Cavaleiro Solitário não é um herói muito conhecido pelas novas gerações. Criado com sucesso em 1933 para uma mídia de grande apelo à época, o rádio, o personagem é um justiceiro mascarado do Velho Oeste que enfrenta criminosos ao lado de seu amigo, o índio Tonto. Ao longo dos anos, o Cavaleiro Solitário estrelou seriados de cinema, revistas pulp, romances, desenhos animados, filmes para o cinema, tiras de jornais e, obviamente, diversas séries de revistas em quadrinhos.

Uma das mais recentes séries em quadrinhos foi lançada pela editora independente Dynamite Entertainment em 2006 como uma minissérie em seis edições escrita por Brett Matthews, saído do mercado da televisão, e desenhada pelo brasileiro Sergio Cariello. O sucesso fez com que se transformasse imediatamente numa série regular mensal. E não admira, pois é um trabalho excepcional.

Matthews, assistente de produção em Buffy: A Caça-Vampiros e roteirista do seriado Firefly antes de também se dedicar aos quadrinhos, mantém as bases da origem e da história do personagem, mas acrescenta tensões modernas que talvez fossem impensáveis para a época de seu lançamento original. O jovem John Reid, um Texas Ranger (homem da lei a serviço oficial do governo) é o único sobrevivente de um ataque traiçoeiro perpetrado por criminosos, no qual morrem seu pai e seu irmão, entre outros. Reid é dado como morto pelos descuidados criminosos, mas acaba sendo encontrado por um índio proscrito que cuida dele e acaba por salvar sua vida, apesar dos ferimentos graves. Recuperado, Reid resolve esconder sua identidade usando uma máscara, de modo que suas ações não coloquem em risco a família do irmão.

O que vem a seguir é um furacão de ação, tiros, perseguições a cavalos e alguns dos vilões mais malignos (psicóticos até) vistos nos quadrinhos em muito tempo, tudo contado com eficiencia acima da média. Se as cenas de ação são geralmente emocionantes, também o é o desenvolvimento dos personagens. O relacionamento entre o herói e Tonto, que tem seu próprio passado dramático, é marcado por tensão e uma amizade bastante desconfortável às vezes. Os cuidados de Reid com sua cunhada e seu sobrinho humanizam o herói de modo ímpar, fazendo dele mais que apenas um vingador justiceiro. A caracterização do desumano vilão principal o mostra como um sujeito complexo e, por isso mesmo, ainda mais assustador. Este Cavaleiro Solitário também parece ter uma influência do Batman, com direito a uma caverna secreta, de onde saem as balas de prata que o herói usa para ferir – nunca matar – vilões e sua parceria com um velho xerife que o chama a entrar em ação quando necessário. De resto, os heróis enfrentam desafios como um serial killer demoníaco, um possível inocente acusado de assassinato, um agente governamental que pode ser amigo ou inimigo e um matador de aluguel implacável. Elementos que, quase com certeza, não veríamos nas histórias antigas da dupla de heróis em quaisquer das mídias pelas quais passaram.

Se as capas do saudoso John Cassaday para as edições individuais, aqui apresentadas como separações de capítulos, são quase todas dignas de uma galeria de arte (ou poderiam ser postêres de cinema), também é preciso elogiar a arte do veterano Sergio Cariello em todas as 26 histórias contidas neste omnibus lançado em 2013. O desenhista, que já trabalhou para a DC e para a Marvel, demonstra algo que falta a diversos artistas de quadrinhos atuais: um domínio narrativo mais que eficiente. Mesmo em páginas sem balões ou recordatórios, o leitor nunca fica confuso sobre o que está acontecendo, a arte é clara e direta. As cenas de ação são sempre dinâmicas e impactantes, com um movimento muitas vezes quase cinematográfico. Sua arte, junto às cores de Dean White e de Marcelo Pinto, fazem de cada página um deleite, quase um quadro para pendurar na parede.

Com um pé na tradição e outro na modernidade, repleto de ação, emoção e surpresas ao longo da trama (uma cena com Tonto é de cair o queixo), esse Cavaleiro Solitário já nasce um clássico, uma série em quadrinhos que equilibra seus elementos de maneira hábil e talentosa. Daria um ótimo filme, daria uma ótima série de TV… mas, para sorte dos fãs da arte sequencial, é um gibi incrível.

The Lone Ranger Omnibus: Volume 1 (2013, Dynamite Entertainment)
De Brett Matthews, Sergio Cariello e John Cassaday
632 páginas

Nota: 9 nerds (out of 10) 😎😎😎😎😎😎😎😎😎


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